sexta-feira, 13 de maio de 2011

ASSASSINO ESCROTO (07-04-2011)



Imagine, aquela coisinha pequena dentro de você, ela veio pra te fazer tão feliz
, você está pronta pra dar todo o seu amor à ele, ou ela, algo se formando ali dentro, e você já imagina seus primeiro passos, suas primeiras palavras, seu primeiro dia na escola e seu primeiro beijo.
A gravidez é uma coisa impressionante, VOCÊ está gerando uma vidinha ali dentro, uma coisinha linda que um dia poderá passar por esse momento da gravidez, se for mulher, mas se for homem vai ter a honra de ser pai, que também não é pouca emoção não.



A criança nasce, um bebê lindo (menina ou menino), essa criançinha tem uma vida toda pela frente, estudar, tomar advertências por ter feito bagunça, fechar provas, tirar zero, passar de ano, ficar de recuperação, namorar, curtir, sair, dirigir, nadar, pular, saltar, experimentar coisas maravilhosas, mal sabem ela toda a caminhada que ainda terá de seguir.


Cresceu um tanto, agora já brinca na areia, nada como um peixe, e é muito feliz, Como qualquer criança, tem sonhos, quer ser bombeiro, médico, enfermeira, veterinária, arquiteta...


Cresceram, são quase adolescente, começam a pensar na vida melhor, um futuro, ser modelo, ser advogado, tantos caminhas e poucas escolhas, agora é mais cabeça firme, sabe o que quer.



O PIOR DIA PARA UMA MÃE:


Depois do relógio despertar, hora de ir pra escola, arrumar, tomar café e ir estudar, é a rotina do(a) filho(a) de uma mãe muito feliz, chegando na escola, vê os amigos e se diverte, como qualquer outro dia normal.
Uma palestra, é isso que iria haver naquele dia normal. Várias crianças em um só lugar, um homem qualquer e uma palestra chata, é isso que pensava aquele(a) aluno(a).
A palestra começa, não há nada, não há aplausos, não a sorrisos, não há falas... No local havia estrondos de disparos feitos por uma arma de fogo, crianças correndo pra lá e pra cá, gritos desesperados de pessoas inoscentes, o aluno tenta correr, mas é atingido na cabeça por um dos desparos feitos pelo homem.
100 disparos foram feitos naquele momento, e a criança estava ali, estirada no chão, junto com outra 10 mortas e vários feridos, e seus sonhos? seus caminhos? Acabou assim? Sem mais nem menos? Por um homem que eles nem ao menos conheciam? Um ex aluno revoltado? E as famílias dessas crianças mortas? E tudo que já se passou?
Nada vale naquele momento, só o sangue e as lágrimas junto dos corpos.



Os pais começam a ter notícias do que está acontecendo, procuram saber de todas as formas como estão seus filhos, gritos desesperados de mães gritando por socorro, a dor de ter a possibilidade de seu filho estar morto não é boa, é a pior dor que existe.
Então vem a notícia para algumas mães que seus filhos estão feridos, uns gravemente e outros levemente feridos. A mãe daquela criança, ainda não sabia como estava seu(ua) filho(a), ela chora desesperada, o medo a ansiedade tomam conta de seu coração, o medo se transforma em lágrimas, a ansiedade em gritos e a vontade de ir lá e saber de seu(ua) filho(a) causava tremores em seu corpo.
Um homem chega perto da mãe e diz: Senhora, seu filho faleceu.
O chão abre seus pés, não há mais motivos pra viver, um louco matou seu filho, ela não deu nem um abraço especial naquela manhã, apenas um beijo e o sinal de despedida vinda do filho que saíra para a escola, estudar e fazer seu futuro, uma criança, uma alma inoscente morre ali, sem explicação, o assassino cometeu suicídio, não há o que fazer, chorar é o alívio, mas não trará sua jóia de volta.




O caixão branco, uma criança com uma vida muito longa pela frente, não sei se deu seu primeiro beijo, se descobriu o que é o amor, se viu aquele filme que tanto queria ver, se deu tempo de ganhar o campeonato de jogos, se tirou a foto com a família, se ele tomou realmente todo o seu café da manhã, se conversou com seu melhor amigo, tantas dúvidas, e não haverá nenhuma resposta, ele morreu, e nada mais pode mudar isso!





Assunto: Tragédia no Rio de Janeiro
Data: O7/O4/2O11
Autor: Raiana

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